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domingo, 7 de abril de 2013

FONEMA

   A palavra fonologia é formada pelos elementos gregos fono ( "som, voz") e loglogia ( "estudo", "conhecimento") . Significa literalmente " estudo dos sons" ou "estudo dos sons da voz".  O homem, ao falar, emite sons. Cada indivíduo tem uma maneira própria de realizar esses sons no ato da fala. Essas particularidades na pronúncia de cada falante são estudadas pela Fonética.
   Dá-se o nome de fonema ao menor elemento sonoro capaz de estabelecer uma distinção de significado entre as palavras. Observe, nos exemplos a seguir, os fonemas que marcam a distinção entre os pares de palavras:
amor - ator
morro - corro
vento - cento

   Cada segmento sonoro se refere a um dado da língua portuguesa que está em sua memória: a imagem acústica que você, como falante de português, guarda de cada um deles. É essa imagem acústica, esse referencial de padrão sonoro, que constitui o fonema. Os fonemas formam os significantes dos signos linguísticos. Geralmente, aparecem representados entre barras. Assim: /m/, /b/, /a/, /v/, etc.

Fonema e Letra

1) O fonema não deve ser confundido com a letra. Na língua escrita, representamos os fonemas por meio de sinais chamados letras. Portanto, letra é a representação gráfica do fonema. Na palavra sapo, por exemplo, a letra representa o fonema /s/ (lê-se sê); já na palavra brasa, a letra representa o fonema /z/ (lê-se ).
2) Às vezes, o mesmo fonema pode ser representado por mais de uma letra do alfabeto. É o caso do fonema /z/, que pode ser representado pelas letras z, s, x:
Exemplos:
    zebra
    casamento
    exílio

3) Em alguns casos, a mesma letra pode representar mais de um fonema. A letra x, por exemplo, pode representar:
    - o fonema : texto
    - o fonema :  exibir
    - o fonema chê: enxame
    - o grupo de sons ks: táxi

4) O número de letras nem sempre coincide com o número de fonemas.
Exemplos:
tóxicofonemas:/t/ó/k/s/i/c/o/letras:t ó x i c o
1 2 3 4 5 6 71 2 3 4 5 6
galhofonemas:/g/a/lh/o/letras:g a  l h o
1 2  3  41 2 3 4 5
5) As letras m e n, em determinadas palavras, não representam fonemas. Observe os exemplos:
    compra
    conta

Nessas palavras, m e n indicam a nasalização das vogais que as antecedem.
Veja ainda:
    nave: o /n/ é um fonema;
    dança: o não é um fonema; o fonema é /ã/, representado na escrita pelas letras a e n.

6) A letra h, ao iniciar uma palavra, não representa fonema.
Exemplos:


Classificação dos Fonemas

Os fonemas da língua portuguesa são classificados em:

1) Vogais

   As vogais são os fonemas sonoros produzidos por uma corrente de ar que passa livremente pela boca. Em nossa língua, desempenham o papel de núcleo das sílabas. Assim, isso significa que em toda sílaba há necessariamente uma única vogal.
   Na produção de vogais, a boca fica aberta ou entreaberta. As vogais podem ser:

a) Orais: quando o ar sai apenas pela boca.
Por Exemplo:
/a/, /e/, /i/, /o/, /u/.

b) Nasais: quando o ar sai pela boca e pelas fossas nasais.

Por Exemplo:
/ã/:  fã, canto, tampa
//: dente, tempero
//: lindo, mim
/õ/ bonde, tombo
// nunca, algum

c) Átonas: pronunciadas com menor intensidade.

Por Exemplo:
até, bola

d)Tônicas: pronunciadas com maior intensidade.

Por Exemplo:

até, bola

Quanto ao timbre, as vogais podem ser:
Abertas

Exemplos:

pé, lata, pó

Fechadas

Exemplos:

mês, luta, amor

Reduzidas - Aparecem quase sempre no final das palavras.
Exemplos:

dedo, ave, gente

Quanto à zona de articulação:

Anteriores ou Palatais - A língua eleva-se em direção ao palato duro (céu da boca).
Exemplos:

é, ê, i

Posteriores ou Velares - A língua eleva-se em direção ao palato mole (véu palatino).
Exemplos:

ó, ô, u

Médias - A língua fica baixa, quase em repouso.
Por Exemplo:

a

2) Semivogais

   Os fonemas /i/ e /u/, algumas vezes, não são vogais. Aparecem apoiados em uma vogal, formando com ela uma só emissão de voz (uma sílaba). Nesse caso, esses fonemas são chamados de semivogais. A diferença fundamental entre vogais e semivogais está no fato de que estas últimas não desempenham o papel de núcleo silábico.
   Observe a palavra papai. Ela é formada de duas sílabas: pa-pai. Na última sílaba, o fonema vocálico que se destaca é o a. Ele é a vogal. O outro fonema vocálico i não é tão forte quanto ele. É a semivogal. 
Outros exemplos:

saudade, história, série.

Obs.: os fonemas /i/ e /u/ podem aparecer representados na escrita por" e", "o" ou "m".
Veja:

pães / pãis
mão / mãu/
cem /ci/

3) Consoantes

   Para a produção das consoantes, a corrente de ar expirada pelos pulmões encontra obstáculos ao passar pela cavidade bucal. Isso faz com que as consoantes sejam verdadeiros "ruídos", incapazes de atuar como núcleos silábicos. Seu nome provém justamente desse fato, pois, em português, sempre consoam ("soam com") as vogais.
Exemplos:

/b/, /t/, /d/, /v/, /l/, /m/, etc.

Encontros Vocálicos


Os encontros vocálicos são agrupamentos de vogais e semivogais, sem consoantes intermediárias. É importante reconhecê-los para dividir corretamente os vocábulos em sílabas. Existem três tipos de encontros: oditongo, o tritongo e o hiato.

1) Ditongo

É o encontro de uma vogal e uma semivogal (ou vice-versa) numa mesma sílaba. Pode ser:

a) Crescente: quando a semivogal vem antes da vogal. 

Por Exemplo:

sé-rie (i = semivogal, e = vogal)

b) Decrescente: quando a vogal vem antes da semivogal. 

Por Exemplo:

pai (a = vogal, i = semivogal)

c) Oral: quando o ar sai apenas pela boca. 

Exemplos:

pai, série

d) Nasal: quando o ar sai pela boca e pelas fossas nasais.

Por Exemplo:

mãe

2) Tritongo

É a sequência formada por uma semivogal, uma vogal e uma semivogal, sempre nessa ordem, numa só sílaba. Pode ser oral ou nasal.

Exemplos:

Paraguai - Tritongo oral
quão - Tritongo nasal

3) Hiato

É a sequência de duas vogais numa mesma palavra que pertencem a sílabas diferentes, uma vez que nunca há mais de uma vogal numa sílaba. 
Por Exemplo:

saída (sa-í-da)
poesia (po-e-si-a)



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